quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Congelamento ou doação de óvulos está sendo cada vez mais usado para adiar a maternidade


Adiar a maternidade é uma realidade cada vez mais comum. A grande preocupação dos casais atuais é conquistar a estabilidade financeira e consecutivamente dar mais segurança a nova família.

Além das motivações pessoais de cada casal, existem outras razões para o congelamento, como por questões de segurança, caso seja necessário um tratamento quimoterápico no futuro.

Na novela Fina Estampa, a personagem Esther (Júlia Lemmertz) decide engravidar após anos de casamento com o marido estéril. Neste caso, será feita uma fertilização in vitro (método de reprodução assistida) com óvulos de uma doadora. Mas como funciona esse processo?

Congelamento de óvulos também aumenta chances de engravidar.

Ginecologista, especialista em reprodução humana e diretor médico da clínica de fertilidade Ferticlin, Raul Nakano explica que o ideal é congelar os óvulos antes dos 30 anos, já que após essa idade a qualidade dos óvulos começa a cair. “Para congelar os óvulos, a mulher toma medicamentos para estimular a ovulação por alguns dias. Na sequência, os óvulos são aspirados em um procedimento indolor, semelhante a uma ultrassonografia transvaginal”, explica o médico. Os óvulos são congelados em nitrogênio líquido através de uma técnica conhecida como vitrificação.

Congelamento aumenta chances, mas não é garantia de gravidez

De acordo com o ginecologista Raul Nakano, não existe garantia de gravidez na fertilização in vitro – seja a partir dos próprios óvulos congelados ou oriundos de doadoras. “Uma mulher sem problemas de fertilidade tem 20% de chance de engravidar a cada ciclo menstrual. No caso da fertilização de óvulos doados ou congelados, a chance de ter sucesso é de mais de 50% em mulheres até 30 anos. Após essa idade, a probabilidade de gerar um bebê fica entre 30 e 50%”, ressalta o médico.

Ele explica que costuma ser necessária mais de uma tentativa para que a mulher consiga engravidar, mas a cada novo procedimento as chances aumentam. “A cada três tentativas de transferir os embriões para o útero, a chance de estar grávida pode chegar a 80%”, explica o especialista.

Apesar da novela ter trazido o tema agora, a técnica de Congelamento de Óvulos existe desde a década de 90, porém com baixíssima taxa de sucesso de gravidez. O marco desta técnica foi o aparecimento das Técnicas de Vítrificação chamado CryoTop ou VitriIngá em 2006 com altas taxas de sucesso, onde se adotou o “congelamento” rápido, que além de ser mais simples e demandar pouco tempo, consegue evitar  danos celulares, até então muito freqüentes, quando se aplicava a técnica de congelamento lento.

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