quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Vacina contra a rubéola na grávida: existe problema?


Você tomou vacina contra a rubéola e descobriu que estava grávida. Não é preciso pânico. Diferente da doença, que pode causar a síndrome da rubéola congênita (surdez, cegueira, alterações congênitas) nos bebês nascidos de mães que foram infectadas durante a gestação, a vacina é feita com um vírus atenuado e, segundo evidências científicas, ele não é teratogênico. Ou seja, não causa malformações no bebê.

De acordo com informe técnico do Ministério da Saúde, o vírus da vacina até pode transpassar a placenta e provocar infecção fetal em um pequeno número de gestantes vacinadas, porém em alguns registros da literatura de casos assim nenhum recém-nascido apresentou problemas. “A vacina não leva à doença, e sim à imunidade da mulher”, diz Newton Eduardo Busso, ginecologista da Sociedade Brasileira de Obstetrícia.

“Em algumas campanhas, mulheres tomaram a vacina sem saber que estavam grávidas,  e não há relatos oficiais de complicações fetais”, diz Orlando Jorge Gomes da Conceição, infectologista do Hospital São Luiz.

E por que a recomendação de que grávidas não podem tomar a vacina? Para Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Albert Einstein, como não há 100% de certeza de risco ou não, apesar das evidências, é desnecessário o desgaste emocional da gestante, que nessa fase normalmente já tem inseguranças e dúvidas em relação á saúde do bebê. Segundo informe do Ministério da Saúde, o principal objetivo de não imunizar a grávida é evitar que, caso ocorra algum problema na gravidez ou com o bebê, ele não seja associado à vacina.

“Parece haver casos de médicos recomendando a interrupção da gravidez ao saber que suas pacientes foram imunizadas. Além de ser ilegal, não há razão nenhuma para isso”, diz Lavinia Schuler Faccini, geneticista e diretora científica da Sociedade Brasileira de Genética Médica, que divulgou um comunicado oficial avisando sobre essa prática. Segundo a especialista, em 2002, após campanha de vacinação contra a rubéola, foi realizado no Rio Grande do Sul um estudo com 470 mulheres que tomaram o imunizante sem saber que estavam grávidas ou que engravidaram pouco tempo depois. Todos os bebês nasceram sem nenhum problema causado pela vacina.

Ainda assim, a recomendação do Ministério da Saúde a ser seguida é de não se vacinar se estiver grávida e evitar a gravidez por, no mínimo, 30 dias após a imunização.

Fonte: Revista Crescer

Um comentário:

  1. Olá, encontrei seu blog pelo Google numa busca por informações para mulheres tentando engravidar. Achei maravilhosas as postagens com informações que você colocou aqui, adorei a sequência que vc seguiu e a relevância delas. Mas menina, pq vc parou de postar?? Espero que você já tenha engravidado, eu Tb passei quase um ano já me preparando pra chegada do baby, lendo, mas não lia coisas para tentantes, só para gravidinhas. Seu blog me ajudou muito. Quem sabe vc volta a postar? Eu acompanharia vc sempre....
    Bjocas, Janaína.

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